sábado, 31 de março de 2012

Pão de Ló - 31/03/2012

A equipe quase completa com o Pão de Ló ao fundo


Participantes:
  • Passarin
  • Hugo
  • Thiaguinho
  • Mococa
  • Vinícius
Pra quem quer um montanhismo pocket, que vá ocupar apenas a manhã, o Pão de Ló é uma excelente opção. Morro baixo, de fácil acesso (chega-se até ele pelo Caminho do Itupava) e aqui em cima da serra. Como alguns dos integrantes precisavam estar de volta no começo da tarde, é para lá que fomos. Eu ainda tentei -sem sucesso- arranjar parceiros pra subir o Anhangava depois, o que me parece um ótimo combo de montanhas pela proximidade dos dois.

O Páo de Ló situa-se no Parque Estadual Serra da Baitaca, em Quatro Barras. Pra quem olha de Curitiba, o Pão de Ló é aquele morro que fica do lado direito do Anhangava (que, visto daqui, aparenta ser a maior montanha da serra do mar).

Anhangava à mais esquerda e o Pão de Ló (quase
inteiro) bem à direita. Foto tirada da Torre das Mercês.

O acesso à trilha é feito através do Caminho do Itupava, a famosa trilha que liga Quatro Barras (no alto da serra) a Morretes (em baixo da serra) através da Serra do Mar. O início da trilha do Pão de Ló está a cerca de uma hora do começo (em Quatro Barras) do Itupava, onde fica o trailer do IAP no qual se deve fazer o cadastro antes de iniciar a caminhada.


Trailer do IAP, entrada do Itupava e, em cima, o
Morro do Anhangava.

Achar o início da trilha é fácil. No Itupava, ela está cerca de 100 metros antes da placa do Boa Vista, à direita.

Placa do Boa Vista, atualmente utilizada como tela para
um trabalho de arte contemporânea.

A subida do morro é rápida, leva em torno de 40 minutos. É composta por duas subidas bem íngremes separadas por um platô. Quando se olha o morro de longe observa-se bem o platô antes do cume. O interessante é que nas partes íngremes não há grampos nas rochas para auxiliar a subida, deixando esta mais emocionante, o que torna inválida a máxima "só o cume interessa". Mas isto não nos deixou na falta de uma máxima motivacional, pois como estávamos considerando esta subida um treinamento para o Marumbi na semana seguinte, a todo momento alguém lembrava que "treino é treino, jogo é jogo".

Paredão rochoso visto do platô. Aqui percebe-se que o tempo
não estava lá essas coisas.

O topo da montanha tem dois cumes praticamente da mesma altura, um mais a oeste de onde se pode ver Curitiba e região metropolitana, e outro mais a leste de onde se pode ver (não nesse dia, pois o tempo estava fechado na serra) a baía de Antonina, o maciço do Marumbi e todo o trecho da serra por onde se estende o Caminho do Itupava. A face sul do Morro do Anhangava fica o tempo todo aparecendo ao norte, vista de um ângulo que o deixa com um curioso formato arredondado. É praticamente o mesmo ângulo do qual se observa a mesma montanha a partir do Morro do Canal.

Anhangava ao fundo, observado a partir do Morro do Canal,
em Piraquara. Foto tirada em outubro de 2011.

Anhangava observado a partir do Pão de Ló. Foto tirada no
dia deste post.

Só pra constar: foto com a mesma linha de visão da anterior,
mas em sentido inverso, tirada do cume do Anhangava.
Dezembro de 2011.

Permanecemos no cume durante quase duas horas, na vã esperança de que o tempo ficaria limpo permitindo-nos contemplar o maciço do Marumbi de um ângulo ainda inédito para todos os integrantes. E o Hugo, montanhista de primeira viagem, estava ansioso por finalmente estar em um ponto de onde se pode observar Curitiba de um lado e o Oceano Atlântico do outro, validando as duvidosas teorias que afirmam não apenas que os dois ficam no mesmo planeta, mas que a distância entre um e outro não chega aos 100 km. Talvez o tempo tenha limpado mais tarde, mas o que conseguimos ver foi um discreto detalhe da baía de Antonina (ou seja, vimos a água do mar, o que significa que este pode ser considerado um fim de semana de praia) e toda a serra até o pé (e somente o pé) do Marumbi.

Através daquele vale no centro da foto observa-se
(acredite) um detalhe da baía de Antonina. O lado direito
do vale é o Marumbi, e o esquerdo é um conjunto de montanhas
cujo nome desconheço, mas que abriga por exemplo
o Salto dos Macacos.





Alguns momentos no topo.


Descemos com o tempo abrindo e o sol queimando as fuças. A descida é curiosa: a trilha é tão íngreme que para não ficar patinando na terra o melhor é descer num ritmo de corrida, numa espécie de rally da montanha. Em 18 minutos rolamos do cume até a entrada da trilha no Itupava. Depois, caminhada de uma hora até o trailer do IAP e chegada em Curitiba a tempo de almoçar em casa.



A equipe na pedreira do Itupava

Checkpoints:
  • 07h36: saída do trailer do IAP
  • 08h26: placa do Boa Vista e início da subida
  • 09h00: cume
  • 10h56: início da descida
  • 11h12: fim da descida (e retorno do Thiaguinho pra resgatar uma blusa)
  • 11h24: início da volta pelo Itupava
  • 12h17: chegada ao trailer do IAP